quinta-feira, 30 de julho de 2009

Eu conheço esse truque

Estamos na mesa, eu e Olívia, o anjinho de 8 anos que é minha sobrinha. Chamo o filho, marmanjão de 18 anos que se recusa a sair da TV para almoçar. Chamo, chamo e nada. Até que Olívia comenta: "eu conheço esse truque. A gente finge que não escuta, a pessoa chama, chama até que cansa. Só tem um jeito de resolver, vc tem que ir até lá e desligar a TV..."
Agora tá explicado...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Momentos

Algumas pessoas em alguns momentos na vida conseguem transcender a divisão e a alienação a que todos nos submetemos ao romper com a vida em sua primitividade. Momentos únicos, preciosos, em que entramos em sintonia com o ser e deixamos de ser o que somos. Logo retomamos, é bem verdade, mas para sempre modificados.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A mosca do cocô do cavalo do bandido

Quem nunca sentiu ser essa mosca? Eu, pelo menos, volta e meia. Geralmente quando não consigo fazer algo que inventei que tinha que fazer. O que acontece, como disse, volta e meia.
Até porque invento muito. Demais. Entra ano, passa ano e eu inventando. Coisas para fazer, para escrever, para pensar, para organizar, para cansar. Para afastar o buraco negro da existência caótica e sem sentido algum. Ah, a falta que faz uma religião... Enfim, na impossibilidade, invento cada vez mais. E faço cada vez menos, porque além de tudo o tempo físico pesa. Resultado: fico feito a tal da mosca: ali, insignificante, mas zumbindo, zumbindo, zumbindo sem parar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Viagem de férias

Em julho fui para Brasília comemorar o aniversário de 80 anos do meu tio. Minha sobrinha de Florianópolis, de oito anos, também foi comigo. Ela viajou sozinha pela primeira vez -- veio especialmente para a ocasião. Eu a peguei no aeroporto em São Paulo e no dia seguinte fomos para Brasília. Como ela ficaria mais tempo, trouxe uma bagagem enorme, com roupas e também presentes para a família na ilha da fantasia. Desfiz a mala e coloquei tudo em uma mochila (minhas roupas e as dela) e em uma sacola (os presentes) -- pensei em facilitar, já que esperar mala com criança é chato. Assim, só levaríamos bagagem de mão. Liguei para minha mãe, a presenteira, e avisei da mudança. Ela disse tudo bem, pega uma sacola grande. No dia seguinte madrugamos, que o vôo saía às sete. Às seis, pontualmente no aeroporto. Fiz o check in automático. A atendente: é sua filha? Não, é sobrinha. Tem autorização do juizado para viajar com ela? Não, porque no juizado disseram que como somos parentes diretas não precisa. Tenho aqui a carteira de identidade dela e a certidão de nascimento, onde constam os nomes dos avós e também minha carteira de identidade, com os nomes dos meus pais -- que são os mesmos avós dela já que, como falei, é minha sobrinha... Obviamente ninguém na empresa sabia se podíamos viajar. Obviamente foram averiguar e, obviamente, demoraram um tempão. Resultado: saímos as duas correndo para embarcar em cima da hora. Passamos pelo raio x. Tudo, menos a sacola de presentes. A oficial pergunta: o que tem nesse pacote comprido? Não sei, um presente que enviaram para entregar para meu primo. A sra. pode abrir? Claro, não é nada de mais, são apenas FACAS DE CHURRASCO? UM CONJUNTO INTEIRO? Por que ninguém me avisou que eram facas? A sobrinha ao lado timidamente comentou: é, a vovó comprou porque achou lindas... A sorte é que estamos no Brasil e o máximo que aconteceu foi eu ter que deixar as facas, levando só o invólucro, que se transformava em um avental, mais uma luva térmica, um saleiro e um pimenteiro, partes do presente. Já pensou se fosse nos Estados Unidos? Eu não estaria escrevendo sobre o assunto, mas consultando advogados...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Típico

Acorda cedo, leva filho para exame de carta de motorista. Volta, computador, e-mails, telefonemas, arruma a casa, faz lista de super, café para a sobrinha que passa as férias, banho, carro, gasolina, pegar filho e levar junto com sobrinha para almoçar (férias), sobrinha passa mal no carro (é criança, já viu o desfecho), para, lava, parada estratégica no super para comprar frango e fazer canja, volta pra casa, canja, almoço mais que rápido, corre, reunião, atraso, trabalha (não remunerado), encerra, volta, leva filho resfriado na aula, volta correndo, mais canja pra sobrinha, tenta prender a cortina recém lavada (não consegue), prepara janta, atende telefonemas, comida pro gato, carinho no cachorro, espera marido pro jantar, responde e-mails (alguns nem dá para pensar), tenta planejar o dia seguinte e desiste, espera filho, põe sobrinha na cama, cai no colchão. Férias...

domingo, 19 de julho de 2009

ó nois aqui traveis

Pela enésima vez, recomeçando o blog. Dessa vez vai. Com direito a links e cabeçalhos e fotos e tudo o mais. Dessa vez vai!