domingo, 22 de novembro de 2009

Vestibular II

As reflexões em dia de Fuvest não param.
Além de pensar sobre a dor nossalheia, reflito sobre esse esforço de formação.
No final, o sofrimento inerente é uma bobagem tão grande... Pq acabamos virando aquilo que somos, já que o que somos são as nossas próprias escolhas. E as circunstâncias, ou a Fortuna se pensarmos metafisicamente, se deparam sempre com nossa maneira particular de lidar com os acontecimentos. Mas não dá para saber disso a não ser muito mais tarde, quando o tempo já esgarçou e quando o futuro não é mais uma promessa, mas é o dia-a-dia.

Vestibular

Pegou seu casado?
Ahã.
Os documentos?
Ahã.
Está levando celular, eles não avisaram no jornal que não podia?
Saco. Não precisa se preocupar que eu sei o que estou fazendo.
Está nervoso?
Saco. Não precisa se preocupar comigo, eu tou bem.
Quer que eu te espere entrar?
Não.
Tudo bem então?
Tudo. Tchau.
Ele entra na USP para o vestibular e eu volto prá casa. Em conflito. Pensando que ter filhos é sofrer profundamente dores do outro que o outro nem sabe que tem. Sofrer mais, pq quando é com a gente dá para se defender. E não dá para se defender de uma dor que não é nossa. Essa é a chave: a dor não é nossa e não dá para misturar.
Ahã. Quem disse que funciona?

domingo, 8 de novembro de 2009

Como é que é?

Não adianta. Entra dia, sai dia e eu ainda me surpreendo. Veja o caso da aluna da Uniban que apareceu com um micro vestido e quase foi linchada por seus colegas. Agora a universidade (?) resolveu expulsá-la por conduta inadequada. E os quase linchadores foram apenas suspensos. Sei não, posso estar sendo inflexível, mas parece novamente aquela história do estupro: eu estuprei pq ela estava provocando usando a mini saia. E daí que ela usava mini saia? E daí que ela é sem noção? E, mesmo que acabe nas páginas da playboy, a questão de fundo não pode ser essa. E não vou discorrer aqui sobre as razões. Elas deviam já ser ponto pacífico a essas alturas do campeonato social.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tempo

Não adianta marketeiro de auto ajuda falar que tempo se administra. Nada a ver. Tempo se usa, gasta e perde. E escapa. Eu, por exemplo. Cheia de anotações sobre assuntos diversos para postar e não consigo sentar e fazer. Pura falta de tempo. Assim que ele pintar por estas paragens eu vou escrever tudo no atacado. Mas vou soltar no varejo, questão de manter a periodicidade. Sabe como é, uma vez jornalista, sempre jornalista. Com ou sem diploma...