quarta-feira, 22 de julho de 2009

Viagem de férias

Em julho fui para Brasília comemorar o aniversário de 80 anos do meu tio. Minha sobrinha de Florianópolis, de oito anos, também foi comigo. Ela viajou sozinha pela primeira vez -- veio especialmente para a ocasião. Eu a peguei no aeroporto em São Paulo e no dia seguinte fomos para Brasília. Como ela ficaria mais tempo, trouxe uma bagagem enorme, com roupas e também presentes para a família na ilha da fantasia. Desfiz a mala e coloquei tudo em uma mochila (minhas roupas e as dela) e em uma sacola (os presentes) -- pensei em facilitar, já que esperar mala com criança é chato. Assim, só levaríamos bagagem de mão. Liguei para minha mãe, a presenteira, e avisei da mudança. Ela disse tudo bem, pega uma sacola grande. No dia seguinte madrugamos, que o vôo saía às sete. Às seis, pontualmente no aeroporto. Fiz o check in automático. A atendente: é sua filha? Não, é sobrinha. Tem autorização do juizado para viajar com ela? Não, porque no juizado disseram que como somos parentes diretas não precisa. Tenho aqui a carteira de identidade dela e a certidão de nascimento, onde constam os nomes dos avós e também minha carteira de identidade, com os nomes dos meus pais -- que são os mesmos avós dela já que, como falei, é minha sobrinha... Obviamente ninguém na empresa sabia se podíamos viajar. Obviamente foram averiguar e, obviamente, demoraram um tempão. Resultado: saímos as duas correndo para embarcar em cima da hora. Passamos pelo raio x. Tudo, menos a sacola de presentes. A oficial pergunta: o que tem nesse pacote comprido? Não sei, um presente que enviaram para entregar para meu primo. A sra. pode abrir? Claro, não é nada de mais, são apenas FACAS DE CHURRASCO? UM CONJUNTO INTEIRO? Por que ninguém me avisou que eram facas? A sobrinha ao lado timidamente comentou: é, a vovó comprou porque achou lindas... A sorte é que estamos no Brasil e o máximo que aconteceu foi eu ter que deixar as facas, levando só o invólucro, que se transformava em um avental, mais uma luva térmica, um saleiro e um pimenteiro, partes do presente. Já pensou se fosse nos Estados Unidos? Eu não estaria escrevendo sobre o assunto, mas consultando advogados...

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