domingo, 28 de novembro de 2010

Não basta ser mãe

Tem que participar. Por isso eu e o Má fomos assistir ao show da banda do meu filho, Estudio Caseiro, em um restaurante aqui na Granja. Adorei. Não apenas as músicas que eles tocam do repertório alheio, como algumas do Lenine, mas as próprias, tipo Te Quero, que apesar do nome fala sobre corrupção e a composta pelo Iago, que lá pelas tantas menciona: "São Paulo cresce e eu assisto fluoexetina virar água para a nação."
Tá bom. Sou mãe. E aí vejo o cara, alto, crescido, guitarrista, tocando e a imagem que cola é a daquele meninhinho de quatro anos que me perguntava sobre tudo e que me amava incondicionalmente. Os revisionistas de Freud que me desculpem, mas o Édipo existe sim.
Mudando um pouco de enfoque, mas ainda dentro do mesmo tema. Meu pai sempre falava sobre o dito árabe sobre a vida plena: quando você teve filhos, plantou árvores e escreveu livros. Pois bem. Tive filhos e estes, mesmo sem saber, levam pedacinhos de mim. Iago, com seu inconformismo, Ju com sua garra e Fer com sua vontade de mudar o mundo. Sorry, mas eu me vejo muito nesses projetos. Escrevi algo. E plantei várias árvores. Apenas hoje, que estou nesse espírito, durmo com a sensação do dever cumprido. Com o mundo.

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