terça-feira, 21 de junho de 2011

A raiz do problema

Não está em tudo o que não podemos fazer, mas sim no que desejamos fazer. Eu, por exemplo. Sou querelona. Quero tudo. Abraçar o mundo com as pernas, ficar nos oitenta e nunca nos oito. Trabalhar feito uma louca, em inúmeras frentes. Arrumar a casa compulsivamente (o que eu troco os móveis de lugar já virou piada no bairro). Cozinhar para multidões. Dar aulas, fazer trabalho administrativo, orientar alunos de Iniciação Científica e TCC, fazer pesquisa, publicar, organizar congressos e que tais, participar de eventos científicos, comissões e tudo o mais. E aprender a ser uma internauta mega blaster. Para piorar, quero ter tempo livre para ir ao sítio, ficar com o marido e os filhos, cuidar do cachorro, visitar os amigos, ir ao cinema, fazer ginástica, alimentar-me bem, viajar para Istambul. É óbvio que essa equação não pode fechar. Só de pensar nela começo a ficar com taquicardia e me dá vontade de ter um saco de papel para respirar dentro. Aí me lembro que também adoro assistir televisão (vem daí essas imagens americanas de como lidar com as crises). Eu devia era fazer terapia. Mas onde eu vou arranjar tempo para mais uma atividade?

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