quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cadê meu alaúde? Parte 4, ou A Derradeira

Nossos valentes paulistas, tendo rejeitado a tentação do inominável, seguiram confiantes que o companheiro os acompanhava. Qual não foi sua surpresa quando, ao olharem para trás, não viram nem poeira de Silvio. Logo em frente encontraram o resto da comitiva que saiu a galope para salvar o insensato. Não conseguiram. Voltaram todos, agora quatro, sem notícias do tentado pelo coisa ruim que, com certeza, embrenhou-se pelo cemitério. O que foi feito dele? Essa é outra história. O que se sabe é que foi a primeira e a derradeira vez que acompanhou a cavalgada. Meio chateados com a perda, mas também culpando o temerário, os cavaleiros voltaram para o caminho e, num passo curto pelo cansaço dos cavalos, trilharam os 15 quilômetros que faltavam para o momento da separação. O primeiro a pegar o caminho solitário foi o Rapaz. Logo em seguida, ficou Nino em sua casa. E os paulistas, que moravam oito quilômetros depois, seguiram sozinhos, exaustos, com frio, mas também certos de terem provado serem tão valorosos quanto os filhos de Cunha. Certos de que de agora em diante, também merecem esse reconhecimento. No dia seguinte Comendador acordou cedo e, satisfeito, foi espalhar seus feitos nas redondezas. Só para descobrir que, naquele momento, já se comentava que os agora novos cavaleiros de Cunha tinham feito bonito.

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